Discute a fragilidade , a dolência e a instabilidade presentes nos relacionamentos. O diálogo estabelecido entre um banco de praça, construído em metal e vidro, e à sua vista uma imagem fotográfica, cita o conflito e o possível estado de falência de uma relação.
O quanto tudo o que seria particular torna-se invadido e desvendado. Tranca-se o baú e encara o íntimo de maneira voyerista e apreensiva, quando se disponibiliza chaves que poderão abrir esse segredo. Essa interatividade avalia o quanto as pessoas se sentem a vontade de invadir e descobrir o outro, mesmo quando este já está inteiramente exposto.
A perda qual uma presença constante. Onde o abandono se torna companheiro da falta, numa transferência do vazio pelo tempo; que penetra e invade a atribuir uma presença qualquer.
Nas invenções e apropriações de Liane Heckert uma tensão orienta de forma sutil o olhar do observador para um espaço de encontros. O seu repertório de objetos, na grande maioria construídos de materiais como vidro, metal, chumbo e arame referencia a condição humana como ela é: carregada de conflitos.
Nicolas Soares
Na construção do trabalho fotográfico de Nicolas Soares, tem-se a criação da cena como veículo fundamental para a concretização de sua temática. Discute o relacionamento e tenta não somente explorar uma sensualidade, mas certa intimidade, já violada pela vida contemporânea. Busca o desnudamento comum numa aproximação da realidade através desta ficção criada.
Persiste.
Na série intitulada ‘Persiste.’,juntos analisam a inter-relação humana, com uma aproximação voyeurista, seus contrastes e conveniências, perigos e sentimentos, questionando sempre a posição desses limites como verdades no cotidiano comum.